Nas últimas semanas, por acaso, alguns amigos próximos e outros nem tão próximos, vieram me pedir ajuda para encontrar uma psicóloga ou um psicólogo para eles, já que não podemos atender pessoas que tenham um vínculo próximo conosco como psicólogos, pela questão ética de separar o momento de cuidado da vida pessoal, o que pode atrapalhar neste tipo de atendimento tão profundo e delicado.
O que me dei conta nestes pedidos é que as pessoas não sabem muito bem identificar muitas coisas em relação ao atendimento psicológico, e que idealizam e mistificam a imagem da terapia, provavelmente pelo modo com ela aparece na mídia e nos filmes ou seriados. Por conta disso, gostaria de dar uma contribuição, ajudando a explicar um pouco como isto funciona.
Para começar, é importante lembrar que a busca por uma terapia pode partir de diversas fontes, desde a sugestão de algum amigo ou familiar, de orientação médica ou pedagógica, no caso das crianças, até da necessidade pessoal de ajuda para elaborar algum evento pontual, do presente ou do passado, ou mesmo pela curiosidade de compreender melhor alguma coisa sobre você mesmo, algum traço que o incomode ou intrigue.
Para começar, é importante lembrar que a busca por uma terapia pode partir de diversas fontes, desde a sugestão de algum amigo ou familiar, de orientação médica ou pedagógica, no caso das crianças, até da necessidade pessoal de ajuda para elaborar algum evento pontual, do presente ou do passado, ou mesmo pela curiosidade de compreender melhor alguma coisa sobre você mesmo, algum traço que o incomode ou intrigue.
Todas estas situações podem ser uma abertura potencial para a busca de terapia e a ideia principal que quero passar é que, mesmo que você conheça um pouco do que é a psicologia, ou seja, algumas linhas teóricas e abordagens que existem dentro dela, como a psicanálise, a comportamental, a Junguiana, a Existencial, a Reichiana corporal, entre tantas outras, o que mais importa, não é a busca pela abordagem. A não ser é claro, que você seja da área e queira experimentar uma ou outra.
O que mais interessa é a possibilidade de fazer um vínculo de confiança, e isto não é a abordagem que a sua psicóloga estudou que irá definir, e sim, a empatia. Por conta disso, há uma convenção geral entre os psicoterapeutas de que o paciente pode passar por entrevistas com diversos profissionais antes de se decidir, assim como acontece com qualquer serviço.
É comum que a pessoa que se sente acolhida de fato, não precise continuar procurando, pois afinal, não é nada fácil falar sobre a dificuldade que lhe leva a procurar ajuda, ainda mais muitas vezes em seguida. Não se preocupe se você não se sentir conectada com uma primeira entrevista, você pode procurar uma outra pessoa e falar sobre isso abertamente com quem lhe atender, pois nós estamos preparados para isso.
O principal em um atendimento psicológico é sua capacidade de confiar e portanto se abrir. Existe um contrato que pode ser feito verbalmente ou não, de que tudo o que se fala dentro do consultório ficará lá. É o contrato de sigilo profissional. É ele que garante a você paciente que suas informações, suas dores, suas mais complexas emoções vão estar protegidas na mão do profissional que você contratou.
Não existe uma formula mágica que faça uma pessoa confiar na outra, a não ser a empatia e a sensação de acolhimento que uma conversa pode trazer e a postura de profissionalismo que ela passa, demonstrando a seriedade no trabalho com você. Isso aparece de diversas maneiras e você perceber se o psicólogo está te escutando ao longo da sessão, se está presente nos horários combinados, se há nele a memória de sua história nas sessões seguintes, ajudando você a fazer as conexões que precisa com o material vem trazendo a ele, entre outras coisas.
Não é preciso nutrir afeto pelo psicólogo o tempo todo, afinal, falando sobre coisas tão difíceis, podemos sentir raiva e detestar quem nos fez enxergar algo ruim em nós mesmos ou em alguém que amamos, ou ainda enxergar um comportamento que não gostamos, mas que fazemos por hábito ou por nunca termos pensando nele com clareza anteriormente.
Uma sessão de terapia não é sempre agradável, muitas vezes é dura, desafiadora e difícil. Não é a toa que a maioria dos consultórios tem uma caixinha de lenços ao alcance do paciente. É comum se emocionar e perder um pouco o controle das emoções tratando de alguns assuntos com mais profundidade e clareza. E isso não é um problema. Ao contrário, pode ser a porta de entrada de mudanças significativas e pode quebrar uma forma de ação com si mesmo que poderá melhorar muito a forma como você se relaciona e se posiciona com as outras pessoas, coisas e decisões na vida.
Espero ter ajudado de alguma forma com estes esclarecimentos.
Um abraço!
Carol
carolinatorrespsicologa.blogspot.com.br
O que mais interessa é a possibilidade de fazer um vínculo de confiança, e isto não é a abordagem que a sua psicóloga estudou que irá definir, e sim, a empatia. Por conta disso, há uma convenção geral entre os psicoterapeutas de que o paciente pode passar por entrevistas com diversos profissionais antes de se decidir, assim como acontece com qualquer serviço.
É comum que a pessoa que se sente acolhida de fato, não precise continuar procurando, pois afinal, não é nada fácil falar sobre a dificuldade que lhe leva a procurar ajuda, ainda mais muitas vezes em seguida. Não se preocupe se você não se sentir conectada com uma primeira entrevista, você pode procurar uma outra pessoa e falar sobre isso abertamente com quem lhe atender, pois nós estamos preparados para isso.
O principal em um atendimento psicológico é sua capacidade de confiar e portanto se abrir. Existe um contrato que pode ser feito verbalmente ou não, de que tudo o que se fala dentro do consultório ficará lá. É o contrato de sigilo profissional. É ele que garante a você paciente que suas informações, suas dores, suas mais complexas emoções vão estar protegidas na mão do profissional que você contratou.
Não existe uma formula mágica que faça uma pessoa confiar na outra, a não ser a empatia e a sensação de acolhimento que uma conversa pode trazer e a postura de profissionalismo que ela passa, demonstrando a seriedade no trabalho com você. Isso aparece de diversas maneiras e você perceber se o psicólogo está te escutando ao longo da sessão, se está presente nos horários combinados, se há nele a memória de sua história nas sessões seguintes, ajudando você a fazer as conexões que precisa com o material vem trazendo a ele, entre outras coisas.
Não é preciso nutrir afeto pelo psicólogo o tempo todo, afinal, falando sobre coisas tão difíceis, podemos sentir raiva e detestar quem nos fez enxergar algo ruim em nós mesmos ou em alguém que amamos, ou ainda enxergar um comportamento que não gostamos, mas que fazemos por hábito ou por nunca termos pensando nele com clareza anteriormente.
Uma sessão de terapia não é sempre agradável, muitas vezes é dura, desafiadora e difícil. Não é a toa que a maioria dos consultórios tem uma caixinha de lenços ao alcance do paciente. É comum se emocionar e perder um pouco o controle das emoções tratando de alguns assuntos com mais profundidade e clareza. E isso não é um problema. Ao contrário, pode ser a porta de entrada de mudanças significativas e pode quebrar uma forma de ação com si mesmo que poderá melhorar muito a forma como você se relaciona e se posiciona com as outras pessoas, coisas e decisões na vida.
Espero ter ajudado de alguma forma com estes esclarecimentos.
Um abraço!
Carol
carolinatorrespsicologa.blogspot.com.br
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