Olá,
hoje, instigada por diversos comentários de colegas psicólogos e por meus pequenos alunos, decidi assistir à animação "Divertida Mente".
Como muitos colegas comentaram, parece uma interessante forma de tentar ilustrar alguns dos mecanismos de funcionamento psíquico e emocional para as crianças, entre eles a necessidade de se viver a tristeza, sem ignorá-la ou abafá-la como se tem feito na sociedade atual através do amplo consumo de medicamentos psicotrópicos.
Demonstrar a tristeza não precisa ser sinônimo de fraqueza, mas a garotinha, que é incentivada por sua mãe e por sua própria mente a se manter alegre o tempo inteiro, acaba sucumbindo até que o sistema complexo que a envolve possa perceber a necessidade que ela tem de demonstrar sua dor e compartilhá-la com sua família.
Fora isso, se por um lado alguns clichês comuns sobre a imagem feminina são quebrados, como o interesse dela por brincadeiras mais corporais e pelo esporte, por outro lado, os pais são colocados de forma superficial e estereotipada: o pai com o foco central no futebol e a mãe numa fantasia romântica quase infantil.
O filme, independente de quaisquer detalhes questionáveis, se coloca para nós educadores, psicógolos e pais, como uma oportunidade de conversar com as crianças através de personagens que passarão a povoar seu imaginário, sobre seus sentimentos. Essa oportunidade é muito interessante e não se deve deixar passar!
Um abraço,
Carol