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segunda-feira, 6 de julho de 2015

Pensando sobre "Divertida Mente"


Olá, 

hoje, instigada por diversos comentários de colegas psicólogos e por meus pequenos alunos, decidi assistir à animação "Divertida Mente".

Como muitos colegas comentaram, parece uma interessante forma de tentar ilustrar alguns dos mecanismos de funcionamento psíquico e emocional para as crianças, entre eles a necessidade de se viver a tristeza, sem ignorá-la ou abafá-la como se tem feito na sociedade atual através do amplo consumo de medicamentos psicotrópicos.

Demonstrar a tristeza não precisa ser sinônimo de fraqueza, mas a garotinha, que é incentivada por sua mãe e por sua própria mente a se manter alegre o tempo inteiro, acaba sucumbindo até que o sistema complexo que a envolve possa perceber a necessidade que ela tem de demonstrar sua dor e compartilhá-la com sua família.

Fora isso, se por um lado alguns clichês comuns sobre a imagem feminina são quebrados, como o interesse dela por brincadeiras mais corporais e pelo esporte, por outro lado, os pais são colocados de forma superficial e estereotipada: o pai com o foco central no futebol e a mãe numa fantasia romântica quase infantil.

O filme, independente de quaisquer detalhes questionáveis, se coloca para nós educadores, psicógolos e pais, como uma oportunidade de conversar com as crianças através de personagens que passarão a povoar seu imaginário, sobre seus sentimentos. Essa oportunidade é muito interessante e não se deve deixar passar!


Um abraço,
Carol

domingo, 24 de agosto de 2014

Uma análise do filme ‘As horas' através de um olhar feminino: a morte, a solidão e a falta de sentido


Olá, 

Elaborei este trabalho na conclusão de meu curso de psicologia. Nele falo sobre a solidão, a condição feminina pensando através do enredo do filme "As horas", que trata do universo de Virginia Woolf.


Resumo
Este trabalho visa aprofundar o estudo e reflexão do sentimento de solidão humano, especialmente no universo feminino. Para isto, foi feita uma pesquisa sobre o universo biográfico-literário de Virginia Woolf e sobre o filme “As Horas” de Michael Cunningham, dirigido por Stephen Daldry.

Introdução
No filme “As Horas[1]” e no romance em que foi baseado, de Michael Cunningham, há uma clara referência a um universo feminino permeado por angústia e insatisfação. Através da narrativa de Virginia Woolf, de seu drama pessoal e de uma de suas obras, o romance “Mrs. Dalloway”, o diretor Stephen Daldry dirige as histórias de três personagens através da angústia e da solidão, evidenciando experiências de um universo muito delicado no qual este trabalho pretende se movimentar e refletir.
Lendo alguns autores como Françoise Dolto, Serge Andre, Maud Manonni e pensando em possíveis nomeações para esse tão conhecido, porém ainda indefinido (ou, por assim dizer, inominado) sentimento, chegamos ao tema “solidão”, como uma aproximação a uma angústia existencial que era definida também pela sensação de se ser único e saber-se afinal sozinho com as próprias escolhas. A compreensão dele passa pela noção da singularidade intrínseca no humano que proporciona duas sensações contraditórias: uma autonomia para viver e fazer as próprias decisões e, por outro lado, uma sensação de “abandono” e uma falta de contenção angustiante. No filme encontrou-se tal angústia ilustrada. A pesquisa foi minuciosa na busca de informações sobre a personagem inspiradora deste romance, a também romancista Virginia Woolf. Através do filme, de obras biográficas e ficcionais de Virginia Woolf e ancorando-se  nos modos de olhar e compreender da teoria psicanalítica realiza-se uma análise daquilo que o universo feminino traz de genuíno na experiência do ser mulher e nas dificuldades de escolha e autonomia que sofreram e sofrem.

Para adquirir o texto completo, acesse o link: http://existepsicologiaemsp.simplesite.com/425473795/product/1937390/e-book-uma-analise-do-filme-as-horas?catid=644585.


Um abraço,
Carol