quinta-feira, 6 de abril de 2017

Como funciona a Casa 1: projeto de acolhimento a LGBTs expulsos de casa

Olá pessoal, tudo bem?



    O tema de hoje tem a ver com um trabalho voluntário que estou prestando na Casa 1, um espaço de acolhimento em São Paulo.

     Me cadastrei para o grupo de psicólogos para atender uma das pessoas que moram na casa temporariamente e para trabalhar com eles recebemos um treinamento que explica bem como funciona a casa e quais os projetos que acontecem lá e o que eles estão aprendendo com essa experiência.

    A casa na verdade, além de acolher as pessoas da comunidade LGBT que foram expulsas de casa ou que vivem numa situacao de vulnerabilidade, tambem tem uma parte embaixo que é um centro cultural que tem uma biblioteca de livre acesso, computador com os monitores que ajudam as pessoas a acessarem dados básicos ou se cadastrarem em algo que precisam, uma sala de exposições de artistas LGBT e uma sala de cursos que abriga aulas de ingles, oficinas para crianças e mães e palestras profissionalizantes ou de debate de políticas e questões importantes.

      Além de abrigar os moradores por cerca de três meses ou até se organizarem para sair, ela também oferece um espaço que pode ser utilizado durante o dia, para que quem não possam morar lá por falta de vagas, possa pegar roupas, lavar roupas, tomar um banho e se sentirem acolhidos de alguma maneira ali, durante o dia.

     Há também um plantão as sextas feiras de acolhimento com psicólogos que podem orientar e encaminhar estas pessoas para serviços de saúde ou para psicólogos da rede que está sendo montada aos poucos.

    Na casa moram atualmente 11 pessoas e eles estão procurano trocar uma cama por beliche para abrigar mais uma.

     Há filas de pessoas buscando acolhimento de todo o Brasil, mas a principal meta deles é a de acolher quem está no território da casa e encaminham estas outras pessoas para outros espaços parceiros como o projeto Mães pela Diversidade, pois perceberam em suas parcerias e comversas que, mesmo os serviços do Estado, que são considerados referências, até aqui em São Paulo tem uma visão bastante antiquada e inadequada da questão LGBT.

     Neste sentido o espaço serve como um lugar essencial também de formação para estes profissionais de espaços de referência e parcerias tem sido travadas com este intuito.

     Para que tudo isso aconteça, o projeto precisa de voluntários de braços e mente aberta para ajudar a acolher todas as diferenças, como eles tem conseguido fazer ampliando o olhar do bairro em que estão, levando a ideia na prática de que uma comunidade de sexualidades diversas como é a da Casa 1 pode acolher e ser um ponto de união comunitário para todos, como ela vem se mostrando.

     Na palestra, Bruno e Iran se mostraram muito encantados e ao mesmo tempo exaustos com a quantidade de informação e demanda que chegam a eles o tempo todo como casa de acolhimento e como centro cultural, mas é visível como estão abertos a discutir e receber pessoas interessadas e a ajudar a ampliar o olhar para essa mistura e para o respeito entre as diferenças, valorizando o espaço geográfico onde estão com seus recursos humanos e relacionais e com.suas dificuldadea também.

    Para que o projeto se mantenha, eles dependem de parcerias, voluntarios engajados e de doações através do site da benfeitoria que agora é um projeto recorrente. Você pode compartilhar com seus amigos e doar o quanto puder e quando puder.

     Divulgue essa iniciativa e fomente o seu grupo de amigos, forme coletivos em sua cidade, se organize e monte espaços de acolhimento a diversidade você também!

    Vamos tranformar essa realidade juntos?

    Um abraço!
    Carol

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Minimalismo: um documentário sobre as coisas importantes

Olá pessoal, tudo bem?



     Para não perder o custume, venho trazer a vocês a indicaçao de um documentário para abrir seus horizontes de possibilidades.

     O documentário se chama "Minimalismo: um documentário sobre as coisas importantes".

     Vocês devem estar se perguntando do que diabos eu estou falando. Pois bem, minmalismo é um movimento de pessoas que perceberam o quanto nossa sociedade nos impulsiona a valorizar mais as coisas do que as pessoas. Começando por nós mesmos.

     Há uma lógica comercial cruel que nos fez acreditar nisso através de propagandas na tv e no rádio, em filmes, seriados, livros, músicas, videoclipes, outdoors, revistas, novelas, telejornais, internet, entre tantos outros meios.

    A crença de que só seremos felizes ao ter determinadas coisas ou atrelando uma forma de vida a posse de determinadas coisas, supondo que elas nos agregam valor, isso é uma armadilha.

    Por que uma armadilha? Bem, a questão é que nubca ficaremos satosfeitos com algo, pois as coisas estão sempre se renovando e as antigas ficando obsoletas.

    Além disso, valorizando mais as coisas,  estamos nos afastando de nós mesmos e buscando nelas uma paz que não advem de possuir coisas, mas sim de estar mais próximo de si mesmo, mais atento ao que realmente necessitamos e não ao que nos dizem que necessitamos.

    O mercado produz uma angustia propositalmente para que comprar algo seja visto como uma solução para ela.

   Não precisamos de muito para viver. Pelo contrário, aliás, precisamos de pouco e quanto mais temos, mais energia gastamos para conseguir mais e vivemos num circulo vicioso de trabalho para vivermos uma vida que não fomos nós que escolhemos.

    Não há apenas uma forma certa de viver. Porém uma vida mais simples com menos acumulo de coisas materiais que não tenham importância nos distrai menos do que realmente importa, que são as relações reais com as pessoas qe nos fazem bem.

     Não necessário se tornar um minimalista e se livrar de seus objetos para perceber que uma alteração significativa no seu olhar em relação ao que realmente importa para você pode ajudar muito você a se conectar mais com si mesmo, sentindo uma paz maior, uma alegria na simplicidade de estar mais próximo de si mesmo.

     É isso que buscamos. E na jornada de algumas pessoasdeste documentário é muito impressionante perceber como esse pensamento tão simples pode te ajudar a sair de um caminho que foi traçado para você sem você querer.

    Se apodere de seu caminho! Faça ele como você quiser, mas preste atenção em você para ver se é você mesmo quem está fazendo estas decisões!


    Um abraço!
    Carol