quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Mini comunidade de rua de mulheres trans

Oi pessoal,

Vim compartilhar hoje um encontro que tive essa semana com parte de uma comunidade de mulheres trans moradoras de rua.

Eu estava na Paulista, saindo de uma farmacia e uma pessoa me pediu atenção, claramente para pedir alguma coisa.

Minha vivência e contato com a realidade dos cuidados de alguns pacientes trans me fez ter uma empatia bem maior do que o comum com pedintes e ao perceber isso ela se abriu bem mais do que o normal, contando não apenas sobre a dificuldade em se alimentar, como sobre seu grupo de moradoras, duas cegas, uma cadeirante e com questões mais graves de audição e comunicação.

Ao me dispor a entrar na farmacia com ela para que ela pudesse comprar itens de higiene pessoal, ela chamou mais duas das moradoras que estavam ao lado na mesma função, de pedir dinheiro pra o grupo almoçar, e entramos em 3 para que pudessem comprar essas coisas.

A pessoas que me abordou, Ágata, se justificava a cada produto e uma das outras, Paloma, me contou um pouco de sua história, uma das quais, um corte, ainda cicatrizando em seu pescoço, fruto de uma facada de um skinhead em que ela teve que levar 26 pontos.

O pânico dela, as mazelas de saúde de Ágata, diabetica e com 2 cânceres, alem de problemas de pele graves e o medo de se contaminar com o virus do probelma de visão das outras duas moradoras me deixaram muito sensibilizada.

Mas o que mais me deixou sensibilizada foi ela me agradecer pelo que a ofereci de material, mas dizer o seguinte: "Olha, mas o que mais dói mesmo é ser ignorada. Você foi a única pessoa que olhou para mim de verdade."

Ela também me disse que fez parte de um documentário que saiu no Festival Mix Brasil do ano passado e que foi a premiere dele no Brasil, mas que sabe que o diretor foi premiado em Berlim e em varios países, mas ela nunca mais teve noticias dele e da equipe. Tambem contou chorando que uma delas que fez o filme morreu de tuberculose e pneumonia por que a prefeitura vem passando constantemente levando o que elas tem pra dormir: barracas, edredons e até papelão, dizendo que não se pode ter nada na rua.

Saí desse encontro muito mexida. Procurei o documentario e achei esse teaser no Youtube.

Falando com a pagina do filme no facebook me deram a data da proxima sessão em São Paulo, pois ele vai participar de uma mostra no Sesc 24 de maio dia 19 de dezembro agora. Vou tentar ir assistir.

Ágata aparece se maquiando de 0:41 a 0:47 segundos. E depois andando na Paulista, sorrindo.

Desejo profundamente que as coisas mudem nesse planeta para que todos tenhamos direito a existir e viver, independente de qualquer diferenca!

Vamos trabalhando nisso em nosso arredor? Conversando com os amigos, dentro e fora da comunidade LGBT? Vamos respeitar as trans e travestis, assim como a todo mundo, por favor, pessoal? Um apelo, por que acredito que todos temos o direito de viver!

Um abraço e bom final de semana!

Carol


terça-feira, 5 de setembro de 2017

É de pequeno que se torce o pepino?

Olá, 

Como saber quando é o momento certo de interferir na formação de uma criança?

Como saber o que está certo ou errado num percurso de formação, da constituição da personalidade de alguém?

Me questiono isso sabendo não haver uma resposta, mas pensando o quanto é difícil seja para os pais, para os professores e para cuidadores de adolescentes, adultos e até idosos saber como desconstruir um conceito recebido de forma maciça da cultura ao nosso redor.

Tenho de dois lados pacientes adultos, adolescentes e alunos pequenos, bem pequenos, e que trazem questões diferentes até mim. Os pacientes, com suas queixas claras e definidas ou não e as crianças, com a demanda ampla de formação, de estarem em um grupo, de pertencerem a ele, de aprenderem alguns conteúdos específicos, entre eles, os valores da escola, que nesse caso, acredita em autonomia, em cooperação, em democracia, em construção coletiva de saberes de acordo com o interesse dos grupos. 

No caso do interesse dos grupos, fico aflita em como estes podem ser cada vez mais facilmente moldados pela mídia, pelos #trending topics do Twitter, Instagram, Facebook, YouTube, mesmo sendo tão pequenos, pela influência que os adultos, crianças mais velhas e adolescentes tem ao seu redor. 

Estamos conectados o tempo todo. Temos essa onda de influências acontecendo sem parar. E eles absorvem tanto ou mais do que nós o que pensam ser de importância.

Mas será que estamos atentos ao que tem importância. Quem está moldando o que acreditamos ser de importância? Somos nós mesmos? Estamos conseguindo olhar ao redor percebê-los, ou estamos apenas reproduzindo algo mecânico e não conseguindo ler nas entrelinhas, como já fomos capazes antes das informações virem mastigadas e ultra-especializadas e direcionadas ao "nosso" interesse, como tem sido a propaganda atualmente? 

Estamos conseguindo olhar o panorama geral das coisas? Ou estamos nós mesmos, adultos, responsáveis pela crítica, orientação e reflexão, também limitados pelas telas, redes sociais e agrados imediatistas?

Tenho muita aflição de perceber como, cada vez mais, não conseguimos ficar em silêncio, quietos, sem alguma proposta a ser desenvolvida imediatamente após a outra. Não há pausas, não há descanso do cérebro, do olhar, do corpo para não fazer nada.

Se isso simplesmente não for algo que gere uma geração de pessoas ansiosas (como a nossa já é), não sei o que mais pode ser.

A meditação, a concentração, o silêncio, os rituais de passagem entre momentos da rotina precisam ser revistos.

Mas será que ainda conseguimos?

Torcendo e precisando que sim.

Aceitando sugestões, também!

Um abraço, 
Carol

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Pensando sobre o suicídio

Olá,



hoje vim falar sobre o tema suicídio, pelo grande apelo que o tema tem tido nas redes socias. Pois bem, muitas perguntas e ideias  saltam a mente quando um tema como este aparece sendo tão debatido.

Será que este tema está em voga por aqui por causa da serie 13 reasons why? Ou será o contrário? A série está bombando porque o tema está em evidencia entre as pessoas?

A notícia sobre o falso jogo Baleia Azul teria a ver com o esse interesse da comunidade por ler a respeito?

O que será que vocês imaginam ler por aqui quando uma psicóloga decide topar esse desafio e falar sobre o suicídio?

Será que vocês esperam que eu explique o que significa o desejo de morrer ou de dar cabo a própria vida?

Sem dúvida a angústia que um suicída (ou quem tem estas ideias mesmo sem praticá-las) sente é imensa, a ponto de fazer com que se pense em desistir de forma tão definitiva.

A dor de alguem que nao ve saída para uma vida possível e sem sofrimento deve ser descomunal.

Porém, se, por um lado, desistir é possível e uma decisão legítima, dependendo do grau de impotencia que a pessoa sinta em dar conta da própria vida, por outro lado desistir também pode ser visto como um traço de um ou de vários quadros psiquiátricos ou psicológicos como a depressão, a ansiedade, a sindrome do pânico, a bipolaridade, entre tantas outras.

Nesse caso, desistir antes de buscar ajuda especializada com um psicólogo ou psiquiatra pode ser uma decisão prematura. Pois existem realmente quadros em que nao há serotonina disponível no cérebro para que a pessoa se sinta bem. E isso é algo orgânico, comparável, dadas as devidas proporções, a uma diabetes ou uma pressão alta, ppr exemplo, e que precisa de apoio medicamentoso, relativamente simples de resolver, se a pessoa compreender com menos preconceito que o cérebro é apenas mais um órgão do corpo que pode dar problemas assim como o rim, o coração, o estômago e os intestinos, por exemplo.

Se pudermos respeitar nosso cérebro e o que ele nos causa quando está em desequilíbrio de hormonios e substâncias que mudam nossa percepção sobre o mundo, muito menos preconceito haveria em quem trata de doenças mentais, como estas que levam a pensamentos suicídas.

Outra coisa que eu gostaria de comentar é sobre as relações humanas. Com certeza esse é o cerne de muitas das ideações suicidas: problemas graves na comunicação afetiva com outros seres humanos, sejam eles familiares, amigos, colegas de trabalho, faculdade ou escola, namorados, etc.

Veja bem, não é possível basear nossa vida na vida de uma outra pessoa. As escolhas de cada um precisam ser respeitadas. Independente de alguém ter te magoado muito, isso não vale a morte, por que isso irá passar.

Se uma relação com alguém te faz pensar tão pouco assim sobre você, é a sua relação consigo mesmo que precisa de reparos.

Você deveria estar em primeiro lugar para si mesmo. Do contrário ninguém mais vai achar que vale colocar você em um lugar importante na vida dela, já que nem você mesmo que conviveu consigo a vida inteira, o faz.

Pode parecer complicado e estranho falar sobre amor próprio num artigo sobre suicídio, mas sim, esta custuma ser uma das razões principais que geram essas ideações. Se afaste disso e se valorize e este pensamento se distanciará de você.

É claro que há uma poética ao redor da dor e dos temas existenciais que glamourizam a morte e o suicídio. Mas deixa eu te lembrar que não há nenhum glamour em estar morto. Morrer é o contrário exato do glamour. É podre e nojento. E feio e decepcionante.

Apesar disso, faz parte da vida morrer. Mas não precisa ter pressa nenhuma. Bora errar bastante, sofrer o necessário e aprender com isso que ficaremos mais fortes.

E se tiver muito difícil estar sozinho, procure um grupo de apoio e acolhimento pra chamar de seu: vá procurar sua turma! Apoio se encontra em um hobby, numa atividade física, num grupo de leitura, num grupo de estudos, na família, entre tantos outros espaços!

Fica aí sozinho não, que o mundo é bão!

Um abraço!
Carol

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Como funciona a Casa 1: projeto de acolhimento a LGBTs expulsos de casa

Olá pessoal, tudo bem?



    O tema de hoje tem a ver com um trabalho voluntário que estou prestando na Casa 1, um espaço de acolhimento em São Paulo.

     Me cadastrei para o grupo de psicólogos para atender uma das pessoas que moram na casa temporariamente e para trabalhar com eles recebemos um treinamento que explica bem como funciona a casa e quais os projetos que acontecem lá e o que eles estão aprendendo com essa experiência.

    A casa na verdade, além de acolher as pessoas da comunidade LGBT que foram expulsas de casa ou que vivem numa situacao de vulnerabilidade, tambem tem uma parte embaixo que é um centro cultural que tem uma biblioteca de livre acesso, computador com os monitores que ajudam as pessoas a acessarem dados básicos ou se cadastrarem em algo que precisam, uma sala de exposições de artistas LGBT e uma sala de cursos que abriga aulas de ingles, oficinas para crianças e mães e palestras profissionalizantes ou de debate de políticas e questões importantes.

      Além de abrigar os moradores por cerca de três meses ou até se organizarem para sair, ela também oferece um espaço que pode ser utilizado durante o dia, para que quem não possam morar lá por falta de vagas, possa pegar roupas, lavar roupas, tomar um banho e se sentirem acolhidos de alguma maneira ali, durante o dia.

     Há também um plantão as sextas feiras de acolhimento com psicólogos que podem orientar e encaminhar estas pessoas para serviços de saúde ou para psicólogos da rede que está sendo montada aos poucos.

    Na casa moram atualmente 11 pessoas e eles estão procurano trocar uma cama por beliche para abrigar mais uma.

     Há filas de pessoas buscando acolhimento de todo o Brasil, mas a principal meta deles é a de acolher quem está no território da casa e encaminham estas outras pessoas para outros espaços parceiros como o projeto Mães pela Diversidade, pois perceberam em suas parcerias e comversas que, mesmo os serviços do Estado, que são considerados referências, até aqui em São Paulo tem uma visão bastante antiquada e inadequada da questão LGBT.

     Neste sentido o espaço serve como um lugar essencial também de formação para estes profissionais de espaços de referência e parcerias tem sido travadas com este intuito.

     Para que tudo isso aconteça, o projeto precisa de voluntários de braços e mente aberta para ajudar a acolher todas as diferenças, como eles tem conseguido fazer ampliando o olhar do bairro em que estão, levando a ideia na prática de que uma comunidade de sexualidades diversas como é a da Casa 1 pode acolher e ser um ponto de união comunitário para todos, como ela vem se mostrando.

     Na palestra, Bruno e Iran se mostraram muito encantados e ao mesmo tempo exaustos com a quantidade de informação e demanda que chegam a eles o tempo todo como casa de acolhimento e como centro cultural, mas é visível como estão abertos a discutir e receber pessoas interessadas e a ajudar a ampliar o olhar para essa mistura e para o respeito entre as diferenças, valorizando o espaço geográfico onde estão com seus recursos humanos e relacionais e com.suas dificuldadea também.

    Para que o projeto se mantenha, eles dependem de parcerias, voluntarios engajados e de doações através do site da benfeitoria que agora é um projeto recorrente. Você pode compartilhar com seus amigos e doar o quanto puder e quando puder.

     Divulgue essa iniciativa e fomente o seu grupo de amigos, forme coletivos em sua cidade, se organize e monte espaços de acolhimento a diversidade você também!

    Vamos tranformar essa realidade juntos?

    Um abraço!
    Carol

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Minimalismo: um documentário sobre as coisas importantes

Olá pessoal, tudo bem?



     Para não perder o custume, venho trazer a vocês a indicaçao de um documentário para abrir seus horizontes de possibilidades.

     O documentário se chama "Minimalismo: um documentário sobre as coisas importantes".

     Vocês devem estar se perguntando do que diabos eu estou falando. Pois bem, minmalismo é um movimento de pessoas que perceberam o quanto nossa sociedade nos impulsiona a valorizar mais as coisas do que as pessoas. Começando por nós mesmos.

     Há uma lógica comercial cruel que nos fez acreditar nisso através de propagandas na tv e no rádio, em filmes, seriados, livros, músicas, videoclipes, outdoors, revistas, novelas, telejornais, internet, entre tantos outros meios.

    A crença de que só seremos felizes ao ter determinadas coisas ou atrelando uma forma de vida a posse de determinadas coisas, supondo que elas nos agregam valor, isso é uma armadilha.

    Por que uma armadilha? Bem, a questão é que nubca ficaremos satosfeitos com algo, pois as coisas estão sempre se renovando e as antigas ficando obsoletas.

    Além disso, valorizando mais as coisas,  estamos nos afastando de nós mesmos e buscando nelas uma paz que não advem de possuir coisas, mas sim de estar mais próximo de si mesmo, mais atento ao que realmente necessitamos e não ao que nos dizem que necessitamos.

    O mercado produz uma angustia propositalmente para que comprar algo seja visto como uma solução para ela.

   Não precisamos de muito para viver. Pelo contrário, aliás, precisamos de pouco e quanto mais temos, mais energia gastamos para conseguir mais e vivemos num circulo vicioso de trabalho para vivermos uma vida que não fomos nós que escolhemos.

    Não há apenas uma forma certa de viver. Porém uma vida mais simples com menos acumulo de coisas materiais que não tenham importância nos distrai menos do que realmente importa, que são as relações reais com as pessoas qe nos fazem bem.

     Não necessário se tornar um minimalista e se livrar de seus objetos para perceber que uma alteração significativa no seu olhar em relação ao que realmente importa para você pode ajudar muito você a se conectar mais com si mesmo, sentindo uma paz maior, uma alegria na simplicidade de estar mais próximo de si mesmo.

     É isso que buscamos. E na jornada de algumas pessoasdeste documentário é muito impressionante perceber como esse pensamento tão simples pode te ajudar a sair de um caminho que foi traçado para você sem você querer.

    Se apodere de seu caminho! Faça ele como você quiser, mas preste atenção em você para ver se é você mesmo quem está fazendo estas decisões!


    Um abraço!
    Carol

terça-feira, 21 de março de 2017

Documentário "The Mask You Live In"

Olá pessoal, tudo bem?

       Hoje vim falar um documentário que assisti via Netflix e que merece ser comentado e recomedado a vocês.

       O documentário se chama "The Mask You Live In", que significa literalmente: "A máscara em que você mora" e fala sobre o conceito de masculinidade que temos perpertuado em nossa sociedade, nos meios de comunicação de massa, em filmes, seriados, novelas, na publicidade de forma geral e dentro de casa como valores.


Veja o trailer:

https://youtu.be/LS8bwOesLjA

     Mais do que pensar em como eates estereótipos de gênero machucam as mulheres, tema que tem sido cada vez mais falado, especialmente neste mês do dia internacional da mulher, o filme mostra o lado dos homens, desde a infância, e como eles também são brutalmente agredidos ao perderem sua conexão com a feminilidade, com as emoções, com a delicadeza.

     O filme mostra iniciativas em escolas, em prisões, casos especificos de pais solteiros, situaçõea reais que demonstram o quanto a violência esperada e atribuída aos homens como prova de msculinidade, é na verdade uma imposição a que os meninos se sentem obrigados a obedecer para fazer parte do universo masculino, que tão claramente considerado como superior em todos os veículos informativos e inatituições sociais.

     Desta maneira, para pertencer ao lugar tido como superior, os meninos aprendem que precisam afastar de si tufo que foi atribuído socialmente so universo feminino, e assim, também se aastam da capacidade de expressar e reconhecer a si mesmos e suas emoções, partindo para a auto agressão e para a agressão ao outro.

     A homofobia nada mais é do que o fruto dessa hipermasculinização e e hiperfeminização dos gêneros que separam em extremos um universo so outro quando somos na verdade exatamente a mesma coisa, seres humanos. Com pequenas ou minusculas divergências anatomicas e cromossomicas que só modificam ao extremo a função reprodutiva de um e de outro. Todo o resto é adaptável.

      Assistam e me contem o que sentiram. Eu saí dele qurendo fazer tudo o que eu puder para aproximar estes extremos e manter os universos masculino e feminino o mais equilibrados possível entre si.

      Veja ele na íntegra aqui: https://youtu.be/QFXIVgBwLIg

      Vocês me ajudam?
      Um abraço,
      Carol

sábado, 4 de março de 2017

Ciclos de produtividade anual baseados na astrologia


Olá pessoal, tudo bem?

Hoje vim contar um pouco do que aprendi sobre as influências dos astros na evolução anual, a partir da influência dos períodos em que cada signo está em regência.

Costumamos pensar que o ano começa no dia 01 de janeiro, porém, na visão astrológica isso é um equívoco, já que ele se inicia no signo de Áries, em 21 de março.

Vou descrever resumidamente como se dão estas etapas a partir deste início do ano calendário, ou um pouco antes disto, já que as mudanças se dão a cada dia 21 de cada mês.

Inicialmente, de 21 de dezembro a 21 de janeiro, estamos regidos pelo signo de Capricórnio, signo de terra que nos mobiliza a dar um último "gás" nas ações do ano inteiro. Há uma cobrança imensa pelos resultados de tudo que foi realizado ao longo dos ciclos desde o início do ano e não há clareza para percebermos se estamos indo de acordo com o que planejamos ou não. 

De 21 de janeiro a 21 de fevereiro, estamos regidos pelo signo de Aquário e então é o momento de ouvir o feedback sobre o trabalho que foi desenvolvido ao longo do ano anterior que deve ser levado em consideração para o início de um novo ciclo.

De 21 de fevereiro a 21 de março estamos regidos pelo signo de Peixes, é o momento de se lamentar e se questionar pelo que deu certo ou deu errado no projeto do ano inteiro para decidirmos o planejamento do que será feito no ano seguinte, se vale a pena continuar com este projeto ou não.

De 21 de março a 21 de abril, regidos por Áries, nele se inicia um novo ciclo de realizações que perdurarão o ano inteiro. O signo é do elemento de fogo e ajuda a dar força para a ação de recomeço que foi preparada nos meses anteriores de fechamento, avaliação e planejamento. Toda a energia deve ser colocada neste inicio sem dar ouvidos as opiniões dos outros neste momento.

De 21 de abril a 21 de maio somos regidos pelo signo de Touro, em que a concretização do projeto iniciado começa a acontecer, é o momento de por a mão na massa, fazer acontecer. Uma metáfora do signo é a do Boi arando a terra, com foco no chão e em mais nada. Também não é o momento de ouvir avaliações externas. 

De 21 de maio a 21 de junho somos regidos por Gêmeos, responsável pela comunicação e aqui é o momento de ouvir o feedback deste começo do trabalho, escutar tudo com calma, mas dar atenção apenas aos interlocutores qualificados a dar opinião, como pares em sua profissão, ou pessoas a quem você responde e que deve satisfações.

De 21 de junho a 21 de julho, regido por Câncer, é o momento de viver a lamentação pelo que deu errado, viver esta crise, reclamando, mas descobrindo um jeito de melhorar isto para seguir o projeto adiante. É comum culpabilizarmos os outros pelo que deu errado neste momento, postura característica do signo regente. 

De 21 de julho a 21 de agosto, regido por leão, é novamente o momento de por energia em solucionar o que deu errado, recomeçar de forma diferente, mudando o rumo daquilo que se descobriu falho na avaliação anterior.

De 21 de agosto a 21 de setembro, regido por Virgem, é o momento de começar a colher frutos, resultados do trabalho que vem sendo executado desde março, concretizando e vendo perspectivas de ganhos com o projeto, para ganharmos motivação de seguir adiante. Aqui se organizam os detalhes do projeto. 

De 21 de setembro a 21 de outubro, regido por Libra, é mais uma vez o momento de ouvir feedback, desta vez de forma mais realista, estamos em um momento mais equilibrado para ouvir após tantas etapas e iremos realizar um planejamento de ação baseado apenas no que faz sentido para os objetivos do projeto.

De 21 de outubro a 21 de novembro, regido por Escorpião, é o momento de se lamentar pelo que deu errado e é uma fase de tomar cuidado com o excesso de auto punição, característico do signo. Aqui é comum nos culpabilizarmos muito pelo que deu errado, nos castigando, e é preciso resistir contra esta tendência para não sabotar o projeto todo, ou abandoná-lo. A etapa deste signo de muita profundidade emocional e que funciona de maneira muito inconsciente deve ser bem cuidada.

De 21 de novembro a 21 de dezembro, regido Sagitário, é o momento de ter foco, depois de ultrapassar esta fase de lamentação, é preciso mirar no objetivo e aproveitar este último "fogo" de realização, num mês que pode fazer o projeto todo acontecer, ou aparecer após tantas etapas de preparação e avaliação. 

De 21 de novembro a 21 de dezembro, regido por Capricórnio retornamos ao último signo de terra, que dá aquela última chance de realizarmos os projetos iniciados em março, concretizando-o antes do próximo período de avaliações.

O ano é cíclico e se inicia sempre num momento de reavaliação de tudo que foi feito que dura cerca de três meses, de 21 de dezembro a 21 de março. Os nove meses seguintes é que devem dar os frutos para o que se decidiu fazer novamente. E sempre haverá uma nova oportunidade de rever os planos, já que são quatro ciclos de ação e avaliação sucessivas ao longo do ano. 

Não esqueçam que para cada um de nós há um mapa astrológico individual que influencia muito nas reações a cada regência mensal, e segundo ele o signo solar representa o Karma, aquilo que nos atrapalha a exercer nossa missão, o ascendente representa esta nossa missão e a lua representa as ferramentas que temos para atingir esta missão. 

Espero que estas etapas possam ter ajudado vocês a compreender um pouco os ciclos anuais na visão da astrologia. 

Um abraço!
Carol

sexta-feira, 3 de março de 2017

Relacionamentos Abusivos

Olá pessoal, tudo bem?

     Sejam bem vindos ao blog Existe Psicologia em SP.

      Para quem não sabe, este blog foi criado para abordarmos temas de interesse de vocês através de um olhar mais relacionado ao da psicologia. 

     Nossos temas surgirão da participação e interesse de vocês, por isso comentem abaixo outros temas que querem ver por aqui e ele será abordado!

     Como o título de nossa postagem diz hoje trataremos do tema relacionamentos abusivos. Vamos a ele!

     Tem sido muito comum vermos este tema ser abordado por youtubers e em alguns veículos de comunicação, em especial os mais direcionados às mulheres. 

Aqui está um exemplo de uma postagem famosa sobre o tema: 
https://youtu.be/I-3ocjJTPHg

     Bem, os relacionamentos abusivos acontecem quando dentro de um relacionamento a dois, seja ele amoroso ou de outra natureza, como relações familiares, entre amigos, na escola, no trabalho, ou em qualquer ambiente onde haja pessoas se relacionando, uma delas faça mal a outra de uma forma tão estranha que você não consegue ter certeza ou aceitar que isto está acontecendo.

      Em geral ele acontece mais com as mulheres por conta da forma como elas são vistas pela sociedade, de forma muito objetificada e num grau de importancia menor do que o homem pela cultura machista que está muito arraigada na cabeça das pessoas. Mas também acontece muito com os garotos!

      Um relacionamento abusivo pode acontecer quando x namoradx quer controlar as relações da outra pessoa, impedindo que se tenha amizades, controlando as roupas que a pessoa usa, ou ainda depreciando a outra pessoa dizendo que não existiria a possibilidade de haver outro ser humano interessado nelx, além delx.

     No relacionamento familiar, o mesmo pode acontecer quando um pai ou uma mãe não acreditam que você é a melhor pessoa para saber o que é melhor pra você, pois ele é o único que pode decidir isso por você. Seja no âmbito da vida pessoal, escolar, profissional ou afetiva. 

      É claro que, se você é menor de idade e depende dos pais, precisa respeitar alguns limites, mas existem formas e formas de se relacionar e muitas delas geram violencia mental ou psicólogica, e outras ainda podem chegar a violência física.

      Nas amizades, é preciso ter cuidado com "amigxs" que ao invés de estar ao seu lado, na verdade estão ali apenas para exercer alguma forma de poder ou se aproveitar de você, para ter alguém com quem se comparar para se sentir melhor e que sempre te coloca para baixo ao invés de te apoiar no que você precisa.

     Nem sempre é fácil identificar se estamos num relacionamento assim e mais difícil ainda é sair dele quando não se tem a auto confiança de saber que podemos construir algo melhor com outras pessoas. 

      Essa é a armadilha dele. E a base da armadilha está na auto estima. Se não conseguimos gostar de quem somos sozinhos, acabamos depositando no olhar do outro a única chance de existir de uma forma boa. Mesmo que perpasse pela dor e pela violência.

      O trunfo que podemos ter para nos libertar disso é tentar noa independer ao máximo do olhar do outro focando as energias em nós mesmos, não num ato de egoísmo, mas num ato de compaixão, sentindo carinho e tendo orgulho de nós mesmos sem depender do amor do outro para isso.

      Parece difícil e requer mesmo muito esforço, pois vivemos em uma cultura em que somos condicionados a nos sentirmos vazios e distantes de quem somos, sempre forçados a nos compararmos a padrões inalcançáveis de beleza, sucesso, amor, sex appel, etc.

     Os valores estão invertidos para satisfazer o mercado. E só consumimos quando estamos nos sentindo incompletos, mal, esvaziados. Não há esforço nos meios de comunicação para ficarmos bem.

     Por isso é necessário se desligar um pouco e parar para pensar algumas coisas como:

"O que eu quero para minha vida?"

ou

"O que é realmente importante para mim?"

      E colocar energia nestes objetivos, mesmo que eles permaneçam em segredo, por que vão contra o que sua familia deseja para você, por exemplo.

      Encontre alguém em quem possa confiar e divida com essa pessoa suas inquitações. Ter apenas um amigo que seja realmente conectado a você pode te salvar de muitos relacionamentos abusivos.

      E o principal e mais grave deles é seu relacionamento abusivo com si mesmo, que é o que irá permitir que você tenha outros com as outras pessoas.

     Cuide de você! E, vem cá, vamos conversar!

     Um abraço,
     Carol

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Youtubers celebram o mes da visibilidade trans

Olá pessoal!

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Este é o mês da visibilidade trans no Brasil. Dia 29 de janeiro é o dia de reparar, procurar e trazer a luz estas pessoas tão invisibilizadas e sem lugar na nossa sociedade que sofrem tanta violência.

Para celebrar a existência e a resistência deles, surgiu um movimento no Youtube identificado como #visibilidadetrans.

Comecei a conhecer a iniciativa através do Canal que sigo de Rosa Luz, uma travesti da periferia de Brasilia, estudante de Artes e Youtuber de impacto, com vídeos sobre transexualidase e sobre sua visao politica e crítica da situação de LGBTs no geral.

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Ela tem feito uma série de vídeos com entrevistas de vivências de pessoas trans com temas variados e muito interessantes.

Até agora tiveram 4 episódios, são entrevistas com um homem trans que faz doutorado na UNB, de uma prostituta trans que está entrando na faculdade de direito, uma mulher trans estudante de Ciências Sociais falando sobre as diferenças entre sexo, gênero e orientação sexual e um casal de transsexuais lésbicas. 

Aqui os links: 
Ep#1: https://www.youtube.com/watch?v=SzGTnU2gmhE&t=296s
Ep#2: https://www.youtube.com/watch?v=CAUC_G3Lzmg&t=493s
Ep#3: https://www.youtube.com/watch?v=w4S-niEHjS8&t=26s
Ep#4: https://www.youtube.com/watch?v=9E220QVklro&t=63s

Os relatos são muito interessantes e dão conta de oferecer representatividade e possibilidades de alternativas ao estereótipo da transexualidade tão vinculada a violência.

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Além de Rosa, o Canal das Bee postou um vídeo de um homem trans falando sobre a sua dificuldade no mercado de trabalho e trazendo um site com empresas que oferecem oportunidades para a comunidade LGBT.
Assista o vídeo aqui: https://www.youtube.com/watch?v=n7dByCVTswg


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Hugo Nasck também tem colocado no ar vários vídeos de setores invisibilizados na transsexualidade e temas muito interessantes como:
Fetiche e homens trans: https://www.youtube.com/watch?v=7LqIPQkUX68
Passabilidade trans: https://www.youtube.com/watch?v=ED4NaBO8m40
Homem trans gay: https://www.youtube.com/watch?v=BSwZvInkZ-c
Hermafrodita, interssexual e mulher trans: https://www.youtube.com/watch?v=1nnLjM0hSM0


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Aproveitem a iniciativa dos Youtubers para conhecer mais do universo da transsexualidade através de canais como estes e também da serie Herstory, disponivel na plataforma. Disponibilizo o endereço do primeiro episódio e basta seguir o canal e vê-os na sequência. Está disponível também entrevistas com a diretora e atrizes, todas membro da comunidade LGBT no cinema. 
O programa tem seis episódios curtos e narra a história de uma mulher trans lésbica e as dificuldades que passa por conta disso. 
Aqui o link: https://www.youtube.com/watch?v=UkHicPm7C6Q


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Sobre esse tema, o canal da professora Luiza Coopieters fala da realidade de se ser mulher trans lésbica no Brasil. Outro canal que vale a pena com entrevistas interessantes. Dispinibilizo aqui a entrevista dela com Laerte Coutinho: https://www.youtube.com/watch?v=xX5iSGjLhiM

Desejo um mês de visibilidade a todos os trans! E menos violência e mais oportunidade para eles no Brasil! 

Espero poder aproximar a vocês um pouco mais da realidade dessa comunidade, tão invisível distante de todos e, por isso mesmo, tão agredida. Vamos tentar olhar pro universo do outro?

Um abraço,

Carol

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Tragédias do início do ano e a necessidade de repensar as relações entre a pessoas

Olá, 

Difícil não passar por aqui para comentar as notícias doídas do país com que inicia o nosso ano. 

Primeiro perdemos um ambulante que defendeu uma colega no metrô Pedro II em São Paulo, pelo simples fato de ela ser uma transsexual e os homens, bêbados no dia de natal, distribuindo violência gratuitamente.

Difícil não lembrar que a reverberação do caso se deu pelo fato do evento ter sido filmado pelas câmeras do metrô e também pela morte em si ter sido de um homem heterossexual que defendeu a moça transsexual, num ato de heroísmo, por ser sua amiga. Se ela fosse a vítima, duvido muito que o caso teria a reverberação que teve. Como a maior parte dos casos que acontecem o tempo todo não tem. 

Depois, no ano novo, tivemos a chacina de um pai que matou grande parte da família da esposa e o filho de 8 anos, se matando em seguida. 12 mortes. Vítimas do machismo, como podemos constatar na sua carta de despedida, divulgada pela imprensa.

E hoje, tivemos a chacina na penitenciaria da Amazônia, que permitiu que facções rivais estivessem num mesmo ambiente. O Estado que é responsável por estas vidas permitiu esta violência, já que a instituição inclusive é dirigida por uma empresa terceirizada e não diretamente pelo governo. Um absurdo. 

Estou muito impactada e espero que possamos reverter esse quadro de desolação e desesperança com o qual entramos o ano. 

Temos muito o que refletir e melhorar em nossas ações e na forma como educamos as pessoas, em especial os homens, para deixar de permitir que ações baseadas em subjulgar o outro como inferior como fazem com as mulheres, com os homossexuais, com os pobres e com os negros.

Precisamos de mais empatia, mais amor entre as pessoas, mais noções básicas de direitos humanos e de justiça social para que as pessoas se machuquem menos, se tratem melhor, confiem mais em si mesmas e no outro.

Precisamos de mudanças na cultura que rege as nossas relações e nossas noções de papel social, com urgência. 

Precisamos cuidar mais de nós mesmos, para que não façamos ou sejamos vítimas de algo parecido com o que tem acontecido em nenhum grau de comparação.

Vamos ficar atentos!

Um abraço, 
Carol